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Capitulo I
Berlim é uma cidade com várias
facetas. Aqui vivem aproximadamente 3,5 milhões de
habitantes, sendo 441,404 estrangeiros, resultando em 192
nacionalidades. Nas esquinas da cidade fala-se português,
espanhol, wolof, francês, inglês, tibetano,
italiano, etc. Diferente de outras metrópoles européias,
a diversidade de idiomas é grande e isso enriquece
a vida da cidade.
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No começo de maio a natureza
explode vida, por todos os cantos da cidade. Primeiro as
folhas nos mais variados tons de verde, depois as flores
e suas cores. Os que fugiram do inverno voltam, os que ficaram,lentamente
aparecem com suas caras pálidas.
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As janelas vão sendo abertas,
os biergarten (jardins de cerveja) nos diversos parques
acordam com a natureza, os cafés da cidade começam
a tomar conta das calçadas. Então começa
a chuva de dezenas de atividades culturais tudo ao mesmo
tempo. As festas de rua, teatro, festivais de dança,
o Carnaval das Culturas, a Christopher Street Day, a Hanf
Parade, a Love Parade , os cinemas ao ar livre, a música
dos povos invade a cidade. Tem de tudo para todos os gostos.
O verão de 2003 foi bem especial,
no que diz respeito à Música, por isso dedico
este espaço para escrever algumas impressões
sobre os concertos que tive a sorte de assistir. Começo
com alguns nomes que passaram por Berlim neste verão,
um deles foi Roy Hargrove, fantástico trompetista
americano que fez a Friedrichstrasse vibrar com seu New
Soul.
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| Lou Reed e o
seu concerto acústico cheio de lirismo foi uma surpresa
para o seu público underground. Taj Mahal e seus blues
energéticos e sensuais fez a galera delírar nos
três dias de concerto na cidade. Tânia Liberdad
(album - Costa Negra), com sua voz estonteante e seu excelente
grupo de musicos, trouxe antigos boleros de volta ao coração
dos mais passionais. Wasis Diop com seu carisma senêgales
deu o recado através da sua poesia mesclando a música
tradicional com a música moderna francesa. Zuco 103,
Jorge Bem Jor, Chico César foram as sensações
do verão berlinense com muito swing e suor. Além
disso ocorrem ao mesmo tempo dezenas de concertos de musicos
locais de diversas nacionalidades que habitam a cidade. Tema
para o próximo espaço. |
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Bem, mais uma vez se aproxima
o inverno glacial berlinense e com ele , para aquecer os corações,
ouvidos e espiritos já deram uma canja algumas feras
como Marcus Miller e o grupo Africando. Um belo concerto foi
o da cantora Rokia Traore, que esteve recentemente aqui com
seu grupo. Natural de Mali, Rokia é uma virtuosa, além
da beleza de sua voz, a poesia e profundidade de suas composições
confirmam a sua autenticidade como artista. Inovadora e sem
fugir das tradições dos seus antepassados, Rokia
expressa sua música sem cair nos cliches da musica
africana. O seu primeiro álbum foi Mouneissa, o segundo
Wanita e o terceiro Bowmboi, tendo este a participação
do Kronos Quartet na faixa Bowmboi que dá nome ao álbum.
Para os interessados em World Music vale a pena conferir o
trabalho de Rokia(www.rokiatraore.net).
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E viva a Música, patrimônio
da humanidade!
Felicidade para todos e até o próximo capitulo.
Coluna cultural - Capitulo
II
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